Takayuki Aoki segurando uma pelúcia de Totoro, símbolo do estúdio Ghibli e personagem de um dos filmes

No último domingo (4), os fãs de animes tiveram um grande motivo para comemorar. Pela primeira vez, um produtor do Ghibli – simplesmente o maior estúdio de animação japonesa do mundo – marcou presença em solo brasileiro. Para falar sobre o processo de criação e seus outros projetos relacionados ao estúdio, Takayuki Aoki foi o convidado do centro de exposições Japan House, recentemente inaugurado na Avenida Paulista, em São Paulo.

O produtor trabalha há oito anos no estúdio Ghibli e já participu da produção de filmes importantes e famosos, como "Ponyo", "Vidas ao vento", "O conto da princesa Kaguya" e "As memórias de Marnie". Não só isso, Takayuki Aoki também foi o responsável pelas exposições "Ghibli Architecture in Animation" e "When Marnie was there", ambas realizadas no Japão, além da "Ghibli Expo", uma retrospectiva dos 30 anos de estúdio e que atraiu mais de 500 mil visitantes apenas em Tóquio.

Realmente surpreso com tamanha procura pela palestra (cerca de três mil pessoas apareceram para a pegar a senha, para um espaço em que só cabiam 130), o simpático produtor Takayuki Aoki decidiu realizar a conversa também em um segundo horário (ufa!). Antes de começar a falar, ele perguntou quem ali dentro da sala já havia assistindo pelo menos um filme do estúdio Ghibli e, ao ver que todos levantaram a mão, sem exceção, até fez uma brincadeira:

Nem no Japão tanta gente assistiu aos nossos filmes. 

Ao final da palestra, ele foi atencioso com todos que foram até ele: tirou fotos, autografou papéis e recebeu presentes. Eu também consegui uma foto com o Takayuki! 😊👏🏻🎉

Confira o vídeo que fiz da palestra:


Ghibli Architecture in Animation

Em 2015, no Japão, Takayuki Aoki idealizou uma de suas várias exposições relacionadas ao estúdio Ghibli. Dessa vez, o tema da exposição "Ghibli Architecture in Animation" foram as edificações e estruturas dos mais de trinta filmes feitos até hoje, os quais foram transformados em esculturas em 3D, ricas em detalhes e cores.

Na palestra em São Paulo, Takayuki disse que a ideia para a exposição surgiu da vontade de mostrar para as pessoas todo o cuidado que os desenhistas do estúdio têm quando estão montando os cenários dos filmes, que, por se tratarem de películas em 2D, não conseguem transmitir toda a produndidade e detalhamento com os quais são tratados durante a produção.

Não só isso, ele também quis mostrar que as edificações que são colocadas nos filmes podem se tornar realidade. Por meio das estruturas da exposição, Takayuki teve o objetivo de expor, principalmente para arquitetos, que as edificações dos filmes do estúdio têm condições de saírem do papel.

Ele ainda contou que o segredo para criar tais estruturas nos filmes se divide em duas partes. A primeira "see closely/carefully" (ver de perto/cuidadosamente) requer não apenas o olhar, mas tocar no material que possa servir de base. A segunda "imagine and sketch" (imagine e rabisque) é não só tirar foto de algo da vida real, mas imaginar quem vive ali, o que se faz ali dentro.

Estrutura arquitetônica de “A viagem de Chihiro”, no filme (esquerda) e na exposição de Takayuki (direita)

Processo de criação dos filmes

Na segunda parte da palestra, Takayuki Aoki falou sobre o processo de criação das animações do estúdio Ghibli. Para fazer filmes tão coloridos e sempre ricos em detalhes, o estúdio de Hayao Miyazaki divide a produção em sete grandes e principais etapas. A começar pelo story board, que consiste em traçar as características dos personagens: desde seu nome, sua idade, sua personalidade, sua história até sua fisionomia e suas vestimentas.

Imagem relacionada
Exemplo de continuity
Em seguida, vem a etapa chamada de continuity. Nela, como o próprio nome sugere, dá-se continuidade ao trabalho que foi feito anteriormente no story board. É estimado o tempo das cenas, o que o personagem vai falar, quais objetos ganharão movimento, enfim, tudo o que vai acontecer. A partir desta etapa, já dá para se ter uma noção de mais ou menos quanto tempo aquele determinado filme vai ter de duração, contado em segundos. Quanto mais segundos, mais desenhos feitos e, consequentemente, mais tempo de trabalho.


O layout promove a integração de dois departamentos diferentes do estúdio Ghibli: os projetistas e os desenhistas. Eles pegam o trabalho que foi feito no continuity e acrescentam muito mais detalhes às cenas. Cores, materiais, texturas, sombras, profundidades – tudo em apenas uma folha. Depois, vem key and between animation, que é a etapa na qual se começa a dar movimento aos personagens e cenários, como a intervalação e ritmo dos passos de uma pessoa ou animal e galhos de árvore balançando com o vento.

Daí, para colorir todos esses projetos, principalmente os personagens e outras criaturas vivas, entra o painting. Já para dar cor aos cenários, edificações, luzes e sombras, entra a etapa background. E, por fim, está o picture taking, que, basicamente, consiste em dar os últimos retoques nos projetos, como profundidade e filtros, antes de eles serem todos encaminhados para a digitalização e, enfim, virar o filme que assistimos pronto.

É, não é nada fácil produzir um filme de animação. Para se ter uma ideia, produzir um filme desse tipo, leva-se, em média, dois a três anos até ser concluído. O filme "As memórias de Marnie", então, levou quase oito. Outra curiosidade interessante que Takayuki compartilhou durante a palestra foi a quantidade de folhas desenhadas (que eles chamam de quadros) que são precisas para fazer uma animação. Em um filme com duração de duas horas, faz-se cerca de 100 mil quadros.

Takayuki ainda disse que, apesar de cada etapa contar com sua própria equipe de profissionais especializados, o segredo do estúdio Ghibli está na paixão e na criatividade elevada, antes de qualquer outra habilidade. E não é a toa que que o estúdio de Hayao Miyazaki faz tanto sucesso mundo afora: filmes que contam boas histórias acompanhadas de protagonistas corajosos, cenários super coloridos e trilhas sonoras fantásticas.


Alguém imaginava que dava tanto trabalho para produzir uma animação? Conta pra gente nos comentários e não esquece de curtir a nossa página no Facebook para não perder nenhuma novidade!

Termo que se popularizou através da internet e é usado para para se referir a um grupo de pessoas que são fãs de determinada coisa (artista) em comum, os Fandons ganharam maior visibilidade com o advento da internet. Diminutivo da expressão em inglês fan kingdom, Fandom significa "reino dos fãns", em tradução literal. 

Muito comuns na internet, os seus membros costumam discutir virtualmente todos os assuntos relacionados com aquilo que são fãs. Algumas vezes, os fandons organizam encontros físicos, para que os membros dessas comunidades possam se conhecer pessoalmente.

Luís Augusto, tem 19 anos e é fã da banda MBLAQ, "por causa do MBLAQ eu comecei a conhecer diversas pessoas na onde eu moro e em diversos lugares do mundo", conta. Além de aprender vários valores de trabalho em grupo que aprendeu por conta do grupo, Luís conta também que pra ser fã de alguma coisa não precisa saber tudo sobre isso.


Os fandoms podem ser considerados parentes distantes dos antigos fanclubs, populares nos anos 1990. A maior diferença entre eles é o uso das redes sociais como principal ferramenta de comunicação e por se articularem para difundir seus gostos para todos os cantos do mundo. E é justamente isso que faz dos fandons parte essencial para o crescimento e movimento da indústria do entretenimento, pois são os principais consumidores (e divulgadores) da mídia.

Mas e você? Faz parte de algum fandom? Conta pra gente e aproveita para nos seguir no Facebook! ;)


O coringa é aquele vilão que todos nós amamos. Difícil escolher se torcemos pro Batman ou para ele. O Coringa é um personagem muito cativante, com uma personalidade única, capaz de fazer com que todos escolham o lado do vilão. E para este post do blog, vamos falar sobre os 4 Coringas que já passaram pelo cinema.


Cesar Romero (anos 60)



Considerado uma das maiores lendas do cinema, por sua atuação como Coringa. Nasceu em Nova York em 1907 e morreu em Santa Monica, em 1994.

Dentre seus vários papéis no cinema, ele já fez amantes latinos, figuras históricas em dramas e personagens de comédias domésticas leves como o Coringa da série de televisão Batman, que foi incluído em 2013, na lista dos "60 maiores vilões de todos os tempos", pela TV Guide.

Ele possuía cabelo verde, uma cara toda pintada de branco e uma boca vermelha enorme, Mas seu ponto forte era a gargalhada insana!



Jack Nicholson (1989)






John Joseph "Jack" Nicholson, nasceu em Nova York, em 1937. É um premiado ator, cineasta, produtor de cinema e roteirista estadunidense.

É considerado por muitos um dos maiores atores da história. Foi indicado ao Oscar doze vezes, e ganhou o Oscar de melhor ator por duas: pelos filmes One Flew Over the Cuckoo's Nest e As Good as It Gets. Também ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo filme de 1983, Terms of Endearment.

Nicholson é um dos dois únicos atores que foi nomeado para um Oscar pela sua atuação em cada década desde os anos 1960 a 2000 (o outro é Michael Caine). Ele ganhou sete Globos de Ouro, e recebeu uma honra Kennedy Center, em 2001. Em 1994, ele se tornou um dos mais jovens atores a receber o Prêmio do American Film Institute Life Achievement.

É conhecido por interpretar vilões como Jack Torrance em The Shining, Frank Costello em The Departed e O Coringa em Batman, entre outros.

Ao escolherem Heath Leadger como o novo Coringa, Nicholson não gostou muito da ideia e disse em entrevista que:

Estou furioso! Nunca me perguntaram sobre uma seqüência com o Coringa. Eu já sei como fazer aquilo!


Heart Leadger (2008)


Heathcliff Andrew "Hearth" Ledger, nasceu em Perth, em 1979 e morreu em Nova York, em 2008. Atuou inicialmenre em filmes e na televisão australiana, no início da década de 1990. Em 1998 mudou-se para os Estados Unidos, onde prosseguiu com a carreira

Seu primeiro filme nos Estados Unidos foi 10 Things I Hate About You, lançado em 1999.

Nos anos seguintes atuou em dezenove filmes, incluindo The Patriot (2000), Monster's Ball (2001), A Knight's Tale (2001), Brokeback Mountain (2005) e The Dark Knight (2008), dirigiu videoclipes de artistas como Modest Mouse e Ben Harper e planejava seguir a carreira de diretor de cinema.

No dia 22 de janeiro de 2008, seu corpo foi encontrado em seu apartamento, o serviço de medicina legal de Nova Iorque concluiu que havia ocorrido uma "intoxicação acidental por remédios prescritos".

Ledger morreu aos 28 anos de idade, poucos meses depois de haver terminado de filmar The Dark Knight e enquanto participava das gravações de The Imaginarium of Doctor Parnassus.


The Dark Knight foi o último projeto que concluiu, tendo sido lançado após a sua morte, mas, como apenas metade das cenas de seu personagem em Doctor Parnassus haviam sido filmadas, o roteiro deste foi modificado para que o ator fosse substituído parcialmente.

Jack Nicholson comentou após a morte de Hearth Ledger, apenas uma frase.

Eu o avisei!

Isto foi divulgado pelo tabloide The New York Post.



Jared Leto (2016)




Jared Joseph Leto, nasceu em Bossier, em 1971. É um ator, diretor, cantor e compositor americano. 

Vocalista da banda 30 Seconds to Mars, venceu diversos prêmios musicais com sua banda por sua carreira como músico, incluindo vários VMA e EMA. 

Como ator, venceu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, o Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante e o SAG Award de Melhor Ator Coadjuvante pela sua interpretação em Dallas Buyers Club (2013), além de ganhar maior visibilidade da crítica especializada no papel de Harry Goldfarb em Requiem for a Dream.

Em 2014 foi escalado para ser o novo "Joker" no cinema, após Cesar Romero, Jack Nicholson e Heath Ledger. 

Ele foi muito criticado quando a notícia que ele seria o novo Coringa saiu. E mesmo com a estreia do filmes Esquadrão Suicída (2016), não mudou muito o pensamento do público quanto a escolha deste ator para o papel. 

A bordagem deste novo Coringa é completamente diferente dos outros. Além do visual, este Coringa está muito mais violento, mais criminoso e totalmente desapegado da vida humana. 




Qual seu Coringa preferido? Coloca ai nos comentários. E não esquece de curtir a nossa página no Facebook :) 
O estúdio de animações japonesas Studio Ghibli é tão famoso que chega a ser chamado de "Disney do mundo dos animes". O diretor Hayao Miyazaki, como já dissemos na postagem sobre personagens femininas fortes, parece conhecer muito bem a fórmula para criar filmes de sucesso: boas histórias acompanhadas de protagonistas corajosos, cenários super coloridos e trilhas sonoras fantásticas. Mas o post de hoje é para mostrar que existem muitos outros filmes por aí, tão bons quanto os filmes do Studio Ghibli, que valem a pena serem assistidos!

Kimi no na wa (Makoto Shinkai, 2016)


No filme Kimi no na wa, a garota Mitsuha Miyamizu é uma aluna do ensino médio, que mora em uma vila pequena e ajuda a avó com as tradições do deus guardião local, Musubi. Já o garoto Taki Tachibana divide os seus dias entre estudar e trabalhar, com o objetivo de ser um grande arquiteto no futuro. Mitsuha e Taki não se conhecem, mas um dia acordam e percebem que trocaram de corpos. Enquanto tentam arrumar uma resposta para este fenômeno e como tentar revertê-lo, os dois também partem em busca de encontrar um ao outro.  

O interessante deste filme não é a vida pessoal de cada personagem, mas sim o modo como cada um passa a agir depois que percebem a mudança. Todas as cenas se enrolam, se desenrolam, se quebram e se conectam em algum momento, exatamente como a metáfora das cordas trançadas em homenagem ao deus Musubi, que fala sobre o fluxo do tempo. É um pouco difícil falar sobre esse filme sem entrar em detalhes, pois qualquer coisa a mais já se torna um grande spoiler, mas posso dizer que Kimi no na wa é sobre encontrar o que estava perdido.


5 centimeters per second (Makoto Shinkai, 2007)


Do mesmo diretor do filme anterior, 5 centimeters per second conta a história do garoto Takaki Toono e da garota Akari Shinohara, dois amigos muito próximos e colegas de sala, que são separados quando a família de Akari tem de ser transferida para uma região distante no Japão por motivos de trabalho. Apesar da separação repentina, os dois continuam mantendo o contato através de emails. É então que Takaki descobre que sua família também vai se mudar, só que para ainda mais longe, que ele decide se encontrar com Akari mais uma vez.

O anime é dividido em três partes – ou, como eles chamam, em episódios –, que narram essa história durante diferentes períodos da vida dos amigos: a infância, a adolescência e a fase adulta. 5 centimeters per second mostra o crescimento e o amadurecimento desses dois personagens, mostrando também como cada um vai lidando com a distância a medida em que o tempo vai passando. Como todos os trabalhos do diretor Makoto Shinkai, esse filme não deixa a desejar, mesmo que não retrate exatamente um final feliz.


Hal (Ryoutarou Makihara, 2013)


Neste anime, Kurumi sofre com a perda de seu namorado Hal, que morreu em um acidente de avião. Com o coração partido e agora completamente fechada para o mundo, ela passa a viver os seus dias dentro de uma pequena casa. Mas isso está para mudar quando o seu avô recorre a ajuda de um robô humanoide, chamado Q01. Com a exata aparência do falecido namorado, Q01 é mandado para a casa de Kurumi na tentativa de reverter a situação de desespero e depressão da moça. A partir daí, o robô a visita todos os dias, lutando contra a relutância de Kurumi, que, aos poucos, começa a se abrir para ele. 

Apesar da história se passar em um futuro um pouco distante, com robôs e outros avanços tecnológicos no dia a dia das pessoas, Hal consegue construir uma história de amor simples e até mesmo realista, conquistando o público rapidamente em apenas uma hora de filme. Assim como Kimi no na wa, falar muito mais sobre o enredo seria revelar outro grande spoiler, mais especificamente, outro plot twist de deixar o queixo caído. Mas tudo aqui é extremamente encantador e apaixonante, desde os personagens até os gráficos bem coloridos e a trilha sonora.


Algumas curiosidades sobre estes filmes, você confere abaixo no infográfico:


E então, vocês já conheciam algum desses filmes? Acham que outros poderiam fazer parte dessa lista? Conta pra gente! E não esquece de curtir a nossa página no Facebook pra ficar por dentro das nossas atualizações!

FINALMENTE!

O novo Piratas do Caribe vai estrear na semana que vem, dia 25 de maio, depois de seis longos anos de espera. O quinto filme da saga recebeu o título "A vingança de Salazar" e vai contar mais uma aventura do famoso capitão Jack Sparrow, que agora vai se deparar com piratas fantasmas liderados por um antigo inimigo, o temido capitão Salazar.

Esses fantasmas escaparam do Triângulo do Diabo e estão determinados a matar todos os piratas do oceano, inclusive o nosso querido Sparrow. A sobrevivência dele está depositada no antigo Tridente de Poseidon, um instrumento poderoso que dá ao seu possuidor o controle dos mares. O que será de Jack nesse novo filme?

Enquanto você espera pelo lançamento, o Geek Legends fez um vídeo para você, contando novidades sobre o "Piratas do Caribe 5: A vingança de Salazar". Olha só:


Quem aí está ansioso para assistir ao quinto filme da saga? Conta pra gente quais são as suas expectativas diante das novas aventuras do capitão Jack Sparrow. E não esqueça de curtir a nossa página no Facebook, para ficar por dentro das nossas novidades. Até semana que vem!

A ansiedade e empolgação é o que caracteriza um cosplayer   uma pessoa que faz cosplay   no período pré evento de cultura pop. Campinas sedia um dos eventos mais esperados do ano na região, o Campinas Anime Fest, que nada mais é que um festival de anime e cultura jovem, em que os participantes se preparam durante dias. 
"Eu me preparo por volta de uma semana a até um mês, dependendo do contraste de personalidades" diz Yumio Mendes Pedro, 21, um cosplayer dedicado que gosta de se superar a cada ano e não mede esforços para tal intuito. 

Mas afinal, o que seria "fazer cosplay"? 


Cosplay é um termo em inglês, formado pela junção das palavras costume (fantasia) e roleplay (brincadeira ou interpretação). Ele é considerado um hobby em que os participantes se fantasiam de personagens fictícios da cultura pop japonesa. Mas não está restrito apenas a cultura japonesa, um cosplay pode estar relacionado com personagens de games, super heróis, animes e mangás, porém podem também englobar qualquer outro tipo de caracterização que pertença a cultura pop ocidental. Normalmente, os cosplayers são fãs dos personagens que representam, nos festivais do gênero.


A ideia do cosplay é baseado no DIY – Do It Yourself  (“Faça Você Mesmo”, em português), que consiste nos cosplayers produzirem a sua própria fantasia, assim como todos os equipamentos e acessórios que poderão necessitar para a caracterização do personagem. 
"No uniforme colegial da Maki eu gastei em média 350 reais, mas na minha armadura do Minos de Griffon, por exemplo, foi investido 1500" relata o cosplayer Yumio Mendes Pedro, 21. 
Sabrina Souza Silva, 21, também não saiu dessa faixa inicial de preço: 
"em outubro do ano passado, eu quis muito fazer o cosplay da Ravena, dos Jovens Titãs (a versão da animação que passava na TV) para o Halloween, comprei todos os tecidos, peruca, clown, tudo o que se pode imaginar. Acho que gastei em média quase 400 reais somando tudo". 
Não é um hobby barato, mas pra eles é a forma de sair um pouco da rotina cansativa. 



Minha experiência na CAF

Lá no Campinas anime fest pude presenciar diversas caracterizações impecáveis. Personagens que vemos no nosso dia-a-dia, que crescemos assistindo aos desenhos ou que somos fãs, marcaram presença no evento. Andando em meio a multidão de pessoas, vi de longe a heroína que sempre gostei, a Supergirl – ou Supermoça, que é prima do Superman e uma heroína das histórias em quadrinhos da DC Comics – Atravessei o mar de pessoas e consegui chegar até ela para tirar uma foto da vestimenta, que por sinal era idêntica a da série de televisão, transmitida pela Warner Bros, e até com o rosto e feições semelhantes. 
Mais do que um simples evento de anime em um domingo do mês de abril, o lugar transmitia um sentimento de nostalgia, misturado com empolgação e alegria.  O gramado do Liceu Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora, deixou de ser um gramado de uma escola pra ser uma grande passarela, onde desfilavam diversos personagens, de diferentes lugares. Na quadra, tinha vários personagens do Ryu – protagonista da franquia de jogos eletrônicos de luta Street Fighter – lutando entre si. Mais para o lado direito, em sentido ao gramado grande, estavam personagens do Star Wars – série de filmes espaciais – duelando com seus sabres de luz – uma arma de energia ficcional do universo de Star Wars

A partir de tudo que presenciei naquele ambiente, veio uma pergunta em minha cabeça: é saudável para a mente e o corpo sair da realidade para viver a realidade de um personagem? O cosplayer não se limita apenas no ato de se fantasiar, mas também interpretar a personalidade do personagem escolhido. Em diversos momentos, quando eu ia fazer alguma foto com um cosplay, eles imediatamente faziam os movimentos originais do personagem. Era como se a verdadeira identidade não existe, naquele ambiente, mas sim, a do personagem escolhido. 


Otaku?

Outra forma de denominar quem gosta muito de desse assunto é pelo nome de otaku – que é uma expressão de origem japonesa utilizada para designar pessoas que são consideradas fãs extremistas de determinado assunto, esporte, programa de televisão. Na cultura ocidental   como a cultura brasileira a palavra otaku ganhou um significado bastante diferente do original e é utilizada como uma gíria que define as pessoas que são exclusivamente fãs de animês e mangás. Já no Japão, a figura do otaku é caracterizada como sendo a de um indivíduo que busca se isolar socialmente, dedicando-se exclusivamente e obsessivamente a um hobby ou atividade específica como vídeogames, filmes, desenhos animados e etc. O otaku, quando atinge o ápice do seu comportamento, pode apresentar alguns sintomas de fobia social. O termo pode ser considerado pejorativo para os japoneses, pois associa o indivíduo a comportamentos antissociais ou mesmo de pouco cuidado e higiene pessoal. 
Mesmo que no Brasil essa prática de fazer cosplay não seja pejorativa, o ato de se fantasiar pode ser uma válvula de escape da realidade para alguns. Yumio Mendes Pedro, 21, conta como o cosplay foi uma forma de ajudar sua saúde: 
"eu tenho depressão e esquizofrenia, então o cosplay me mostrou uma forma de não ser eu, de me desligar dos meus problemas e por um dia me divertir sendo a personagem, de me reconhecerem como a personagem e não como o eu do dia a dia, ele melhorou muito meu quadro clínico e me fez ver o sorriso das pessoas quando a personagem delas na frente delas." 
Sabrina Souza Silva, 21, reforça o depoimento de Yumio dizendo que no caso dela o cosplay ajudou: 
"Já tive problemas com depressão e fazer o que gosto me ajudou muito. Sou do tipo de pessoa que está sempre em atividade artística, independente da vertente. E isso ajuda a distrair a cabeça e me fazer mais feliz. Acho que quando você leva as coisas com leveza, toda a aura em volta daquilo fica melhor".


O que Freud diz?

O conceito de fantasia na teoria freudiana aconteceu quando Freud ainda fazia seus estudos sobre histeria juntamente com Breuer considerando a fantasia como uma atividade mental muito frequente nas histéricas, tanto no seu estado de vigília como sob estado hipnótico. Porém, após estes estudos o conceito de fantasia se tornou abrangente comportando várias significações sendo necessária sua definição para maior compreensão da obra psicanalítica e para o sucesso do tratamento analítico.


O olhar de um especialista

O psicanalista Rubens dos Santos, 55, se aprofunda no conceito do que pode ser o motivo desses jovens e adultos quererem fugir da sua realidade: 
"o cosplay não é o mal em si, ele é o sintoma da busca de identidade do adolescente, que aponta como a sociedade que está doente". 
Ele  complementa dizendo que 
"o jovem busca na fantasia sua identidade, mas nós não podemos fechar os olhos e dizer que isso é totalmente ruim, porque ali ele encontra uma saída. Ele sai do seu quarto, ele é visto, é aplaudido e é reconhecido, de uma outra forma, talvez, ele não teria essa oportunidade. Ele encontra no cosplay o reconhecimento que tanto busca". 
O psicanalista continua dizendo que a forma de tratamento mais eficaz é com a família
"quando percebermos esse movimento social dos jovens, precisamos olhar para as famílias. Ali que está a chave para tratar a saúde emocional, mental e social da nossa sociedade". 


Sentada no gramado do Liceu, olhando para as incontáveis pessoas presentes no evento, percebi que não conheço nem metade da vida e pelo que ela está passando. Yumio diz que apesar de tudo o que ele passou, a ajuda da namorada é que deu forças para ele: 


"eu sempre tive minha namorada do lado me ajudando, me acalmando e dando um passo de cada vez". 
Yumio mostra que o cosplay é uma parte muito importante de sua vida e o ajuda a sair de casa e se divertir um pouco. 
"Porque por mais que o meio seja manchado por muitas polêmicas, críticas e visões negativas, eu queria de alguma forma mostrar que não, que é um mundo muito fantástico e que tem gente muito legal que se tornam grandes amigos e até mesmo uma relação romântica" 


Qual foi o melhor cosplay que você já fez ou viu? Deixe aqui nos comentários!! Não esquece de curtir nossa página no Facebook :) 







Quando assistimos a algo – seja lá o que for, filme, série ou anime –, todos nós procuramos nos identificar com alguém nas histórias que nos são contadas. Parece que isso dá um sentindo maior àquela determinada trama. Acredito que toda garota, principalmente, compartilhe desse mesmo sentimento. E é muito mais emocionante quando a personagem em questão não está apenas existindo no enredo, mas sim representando valores, lutando por aquilo que acredita, sendo forte da sua maneira.

Pensando nisso, este post traz um TOP 3 de personagens femininas fortes do universo das animações japonesas que você precisa conhecer. 

Asuna Yuuki (Sword Art Online) 



Em 2022, os jogos de realidade virtual são bastante famosos. O jogo mais aguardado daquele ano é o Sword Art Online, no qual o universo dos jogadores passa a ser Aincrad, um gigante castelo flutuante com o total de 100 andares, cada um representando um nível a ser ultrapassado. O personagem principal é Kirigaya Kazuto – mais conhecido como Kirito –, que logo nas primeiras horas de jogo percebe que há algo errado. E sua intuição não falhou.

Após alguns eventos, o criador do jogo, Kayaba Akihiko, informa que a única maneira de sair do jogo seria derrotando o centésimo chefão e que morrer dentro de SAO significava morrer na vida real também. Dentre os aliados que Kirito vai fazendo ao longo da história, está Asuna Yuuki, vice-líder da guilda dos Cavaleiros de Sangue. Apesar de parecer a "donzela em perigo" em alguns momentos, é visível todo o potencial da personagem, cuja habilidade de destaque é a luta rápida.

Sendo uma das poucas meninas dentro da realidade virtual de SAO, ela ganha bastante notoriedade, inclusive pelos próprios jogadores. Sem perder a humildade e bondade, Asuna dá o seu melhor para se manter viva dentro – e fora! – do jogo. É na segunda temporada, porém, que ela ganha maior participação e reconhecimento na série, não é a toa que a segunda parte da temporada deu uma atenção bem mais expressiva a ela do que ao próprio personagem principal. 

Confira aqui o trailer do anime. E as duas temporadas de Sword Art Online estão disponíveis no Netflix.

Mikasa Ackerman (Shingeki no Kyojin) 



Em Shingeki no Kyojin, a humanidade vive rodeada por enormes e extensas muralhas para se defender de criaturas gigantescas e mortíferas, os Titãs. Os humanos lutam para recuperar os territórios perdidos e também descobrir os mistérios acerca do surgimento desses seres bizarros. Logo que Mikasa Ackerman aparece no anime, percebe-se que ela não é nada frágil e muito menos precisa de ajuda para ser protegida; pelo contrário, é ela quem protege os amigos das enrascadas.

Devido às suas notáveis habilidades e inteligência fora do padrão, Mikasa foi classificada como a primeira de sua classe durante o treinamento militar, sempre mantendo-se calma e no controle da situação, por mais crítica que ela seja. Ao lado do soldado Levi, ela é provavelmente a melhor combatente que o exército tem ao seu dispor e não se amedronta quando se vê diante de um Titã. O mais legal é ela fazer tudo isso com naturalidade, sem sentir a necessidade de se provar no ambiente em que vive.

Confira aqui o trailer de Shingeki no Kyojin. É possível assistir ao anime pelo Youtube.

Nanami Momozono (Kamisama Hajimemashita) 



Logo no primeiro episódio, a protagonista de Kamisama Hajimemashita é expulsa de casa por cobradores, após ter sido abandonada pelo pai, que fugiu das dívidas. Agora sozinha e sem grandes perspectivas, Nanami Momozono salva um homem de ser atacado por um cão. Ele para para escutar a história dela e, sensibilizado, oferece a própria casa como abrigo. Ao chegar lá, Nanami descobre que o lugar é, na verdade, um templo inabitado por humanos e que – veja só! – ela é a nova Divindade local.

Muito louco, não é? E Kamisama Hajimemashita parece ser um grande clichê quando o youkai do templo cai pelos encantos da garota doce e espontânea. Mas Nanami abraça as responsabilidades de ser uma Divindade e, apesar de contar com a ajuda de Tomoe e outros personagens, ela vai em busca das suas próprias soluções e nunca pensa em desistir, mesmo diante das situações que parecem ser mais improváveis. É impossível não se encantar por ela e torcer para que tudo dê certo.

Na falta de um oficial, aqui está o fan-trailer de Kamisama Hajimemashita. Você consegue assistir ao anime pelo Youtube!


Bônus 

Que os filmes do grande diretor japonês Hayao Miyazaki fazem sucesso pelo mundo todo, não é nenhuma novidade. Mas já parou pra pensar nos motivos desse êxito enorme? Um deles é o fato de grande maioria – se não todos – dos filmes do Studio Ghibli têm como protagonistas personagens femininas, fortes e de bastante caráter. Se fosse falar sobre cada uma delas, haveria de ter uma postagem apenas pra elas. Só que esse bônus não foi feito a toa, por isso terá um mini TOP 3 aqui dentro.  


A começar por Chihiro, provavelmente a personagem mais conhecida de Miyazaki e figura central do filme vencedor do Oscar de Melhor Animação, "A viagem de Chihiro". A garotinha de 10 anos é mimada e acredita fielmente que todo o mundo deve atender aos seus caprichos. Ao descobrir que vai se mudar, fica furiosa. Na viagem, os seus pais acabam se perdendo e vão parar diante de um túnel um tanto diferente. Chihiro os segue na decisão de entrar no túnel e descobrem uma cidade deserta.  

Enquanto eles param para comer, a menina vai passear, mas tem uma surpresa bastante desagradável ao voltar. É a partir disso que a jornada começa, em um mundo fantasma, povoado por seres fantásticos e no qual os humanos não são bem-vindos. Chiriro precisa lidar com sitações complicadas e aprende a ser independente, o que faz com que ela amadureça de forma notável ao longo de sua aventura. Ela se torna mais responsável, autônome e altruísta. Logo, você se vê torcendo para que tudo termine bem.

Assista ao trailer de "A viagem de Chihiro"!


A segunda personagem vem do filme "O castelo animado". A heroína da vez é Sophie, que tem 18 anos e trabalha na chapelaria de seu pai. Um dia, em uma de suas raras idas à cidade, ela conhece Howl, um mágico bastante charmoso, mas de caráter duvidoso. Uma feiticeira, então lança uma maldição sobre Sophie por confundir a relação existente entre ela e o mágico, transformando a aparência da jovem em uma senhora de 90 anos. 

Desesperada com a nova imagem, Sophie parte em busca do Castelo Animado de Howl, mas esconde a sua verdadeira identidade para conseguir ficar ali dentro e acaba se envolvendo com os demais moradores. Para reverter o feitiço, a menina passa por poucas e boas, sem nunca desistir mesmo quando a sorte não parecia jogar a seu favor. Logo, percebeu que estava dentro de algo maior, mas venceu os obstáculos com paciência, determinação, carinho e otimismo, conquistando todos ao seu redor.

Confira o trailer desse *fofíssimo* filme.


E em terceiro lugar nesse TOP 3 – Bônus, mas não menos importante, vem a Princesa Mononoke, cujo título do filme leva o seu nome. A história segue o príncipe Ashitaka, que, ao matar um javali possuído por um demônio, recebe uma maldição que vai o matando aos poucos. Em sua busca para cura, descobre uma cidade que explora recursos naturais da floresta para fomentar as guerras. É aí que entra San, a princesa Mononoke.

Criada desde criança pela deusa Moro, uma loba gigante, San é uma jovem guerreira e selvagem, que se torna protetora dos animais e da natureza, lutando contra o povo da Cidade de Ferro para proteger a sua casa – a floresta. San ganha destaque por ser a protagonista feminina, mas todas as mulheres do filme são figuras fortes, corajosas e cheias de garra, além de não se deixarem se abater com as piadinhas vindas do seu próprio clã. 

E aqui está o trailer de "A princesa Mononoke".


Para encerrar, deixo o que Miyazaki disse certa vez sobre as suas criações. "Muitos filmes meus têm fortes personagens femininas como protagonistas: garotas auto-suficientes que não pensam duas vezes antes de lutar por aquilo que acreditam. Elas podem precisar de um amigo ou de um braço direito, mas nunca de um salvador." Fofo e inspirador, não é? Seria incrível se pudéssemos ver personagens como as de Miyazaki e as outras listadas anteriormente com muito mais frequência em diversas produções.

Você já conhecia algumas dessas personagens? Quais outras você acha que poderiam fazer parte dessa lista? E não se esqueça de curtir a nossa página no Facebook. Até semana que vem!
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Geek Legends
Três amigas apaixonadas pela cultura pop se juntaram em uma aula de jornalismo online para dar início ao projeto do semestre: a criação de um blog. Reunimos os nossos gostos, que, mesmo fazendo parte de um mesmo universo, podem ser um tanto diferentes, para juntá-los em um único espacinho da internet.